SOS #14 | Pausa pra foto 📸

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🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.

[álbum] JovemBlues - A Suprema Voz do Blues
_{Que descoberta incrível! Recebi a sugestão desse álbum na sexta-feira e logo nas primeiras músicas já sabia que seria um disco que ouviria muito ainda. R&B bem feito, bom pra botar cpf no mundo e que me lembrou muito o dvsn, referência no gênero.}

[single] Murica - Pistache
_{Falo sem dúvidas: pouquíssimas pessoas rimam tão bem como o Murica no Brasil. Ele cospe barras e barras no novo single que conta um pouco da sua trajetória, fala das suas motivações e soa mais confiante e certo do seu lugar.}

[álbum] Testemunhas de Tokio DK - TOKIODK
_{Semana passada eu colei na audição desse disco sem muitas expectativas e acabei saindo de lá bastante surpreendido. Senti muita verdade nas palavras do Tokio DK, gostei dos que ele variou um pouco mais seu flow, as rimas são boas e as participações também.}

[álbum] Marcelo D2 - Direct to Disk
_{Em 2017 o D2 criou um novo formato de show, o Samba Drive, misturando samba, jazz e, claro, seus raps, e agora a versão gravada está disponível. A versão de “A Maldição do Samba”, “Qual É?”, “1967” e vários clássicos são repaginados e valem a audição.}

[single] Jotapê, Cesar Mc, Sain,Dk47, Leall, Don L, Ajuliacosta, Major RD, Xamã, Bc Raff e Froid - Poetas no Topo 4
^{Lembro dos primeiros "Poetas no Topo” e como impactaram a cena do rap no Brasil. Hoje o cenário é outro, o mercado também - e por isso sinto que outro nomes (incluindo mais mulheres) deveriam ter colado no projeto, mas ainda assim vejo valor nele. É importante. Curti muito o verso da Ajuliacosta e do Don L.}

💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Budah: ninguém vai superar.

Já faz um tempinho que a Budah é uma das principais vozes do R&B à brasileira. Antes mesmo do hit “Lingerie”, de 2020, ela já estava no corre e costumava fazer feats com nomes conhecidos. No entanto, apesar do reconhecimento, a cantora e compositora ainda não tinha um álbum completo na rua. Tudo muda com “Púrpura”, seu trabalho mais recente, em que consegue mostrar seu talento e já vem colhendo frutos.

Recentemente você foi indicada ao BET Hip Hop Awards 2024 na categoria Melhor Flow Internacional, a mesma que os Racionais. Só o fato de estar ali já é um grande reconhecimento do seu trabalho. Você lembra onde estava quando recebeu a notícia? E o que essa indicação representa pra você?

Eu estava em uma passagem de som no momento e a minha equipe fez uma surpresa pra mim, na hora não entendi nada e nem acreditei, mas depois todo mundo chorou junto. A indicação foi com certeza a materialização do trabalho incrível que estamos fazendo juntos e sendo reconhecidos por isso.

Faz um mês que “Púrpura”, está na pista. Qual a importância de finalmente apresentar um trabalho completo? E como você tem sentido a recepção do público?

O retorno pra mim tem sido muito positivo! acho que consegui entregar tudo que eu queria e tudo que eu queria fazer em relação a músicas que sempre quis fazer, tem todos os gêneros que eu gosto de trabalhar e me deixou muito feliz saber que o público abraçou músicas que também são fora do rap.

Apesar de estar na cena faz tempo, este é o seu primeiro álbum, então certamente muitas composições ficaram de fora. Quais foram os critérios para selecionar essas 15 faixas?

O que elas dizem, e a produção de cada uma. A gente fez mais faixas mas as que escolhemos conversam muito com o que eu queria dizer pro público e com o contexto do álbum também.

O primeiro gosto de “Ninguém Vai Te Superar” veio em um trechinho no final da música “Dá Pra Ser?”, parceria com o Djonga. Desde aquela época a música já estava pronta? Me conta um pouco sobre a história dessa faixa tão aguardada.

Sim! A música estava pronta há 4 anos atrás e eu decidi não lançar mais mas a galera pedia tanto que fui pro estúdio de novo e reformulei ela. A minha parte eu escrevi novamente porque sou outra pessoa. Quando a gente fez eu tinha 23 anos e agora eu tenho quase 28 então precisava dar uma roupagem nova pra música. Fiquei muito feliz com resultado final e de ter feito isso. Queria dar esse presente pros meus fãs.

2024 vem sendo o ano das minas no rap, provando que são muito mais que refrão. Como você tem observado esse movimento? Sente mudanças nas estruturas da indústria da música?

Sinto mudanças sim mas acho que a gente pode mais. Sempre falei que as meninas gostam de entregar uma estrutura muito boa em relação a tudo na cena, tanto em clipes, em shows, em roupas, a gente se preocupa muito então não tinha como o público ignorar isso pra sempre! Acho que podemos mais, mas to feliz com o que tem sido construído.

🖇️ CLIPPING
Leituras que valem o clique.

1. O significado por trás do clipe macabro de Anitta e The Weeknd | G1

2. BATEKOO Festival 2024 é adiado por falta de investimento; entenda | Papel Pop

3. Um papo com Angela Ro Ro: “Tenho muito amor à vida” | O Grito!

4. Após Charli XCX, Brat é eleita a palavra do ano pelo dicionário Collins | Omelete

5. As origens da música eletrônica | Gama

📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

Semana passada tive o prazer de colar na audição do novo álbum do TOKIODK e fiquei bastante surpreso com o que ouvi: músicas que passavam muita verdade, bons beats e samples. “Testemunhas de TOKIODK” é composto por 18 faixas e conta com ótimas colaborações de grandes nomes como BK’, L7NNON, Tz da Coronel, Raflow, Sain, Leviano, entre outros. O título homenageia a importância dos fãs, que acompanham e testemunham a trajetória de TOKIODK na cena.

O rapper comenta: “Sinto que nasci para algo grandioso, onde posso usar meus pensamentos, ideias e influência para impactar a vida das pessoas. Tudo o que vivi serviu de inspiração para minha arte, e assim acumulei milhares de testemunhas da minha trajetória”.

Meus destaques são “wandinha”, as duas participações do Gustavo Oli, “só tu faz assim” e “para de fingir”, e “250 por rota”.