- SEGUE O SOM
- Posts
- SEGUE O SOM #19
SEGUE O SOM #19
Entrevista com MU540 | Pente Fino | Mari Jasca mais...

SOS #19 | uma semana pra não esquecer
Terça: jurado do prêmio multishow
quinta: publicidade/collab com djavan
sexta: mediação de uma roda de conversa idealizada por mim na ocupação iboru com marcelo d2, moacyr luz, luana carvalho, luiza machado e vinicius natal
agora o passe valorizou, ein!
🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.
[álbum] Djavan - Origem
O álbum reúne as primeiríssimas gravações do Djavan para trilhas e coletâneas, além das primeiras composições também - incluindo uma nova antiga versão de “Fato Consumado”. Falei um pouco mais desse lançamento na minha publicidade. Vai lá conferir! Até porque não é todo dia que faço uma collab com Djavan.
[EP] Anchietx - Lucas
Aqui estão quatro músicas reunidas que exalam paixão e sensualidade embaladas ao som o R&B. Além de uma voz incrível, o Anchietx também é um excelente compositor. O EP é uma ótima oportunidade de conhecer mais do membro do trio Os Garotin.
[single] Marina Sena - Numa Ilha
Este é o primeiro lançamento da Marina Sena após a era “Vício Inerente”. Inspirada no seu relacionamento, a artista fez mais uma daquelas canções acaloradas e apaixonantes. Gostei, mas tô curioso pra ver o que ela pretende trazer de diferente nesta nova fase.
[single] Lamparina - Conversa Fiada
A faixa, um dos maiores sucessos do grupo, ganha agora a presença especial de Mariana Aydar, vencedora do Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras, trazendo ainda mais brasilidade e emoção à canção.
[single] João Gomes ft. Pabllo Vittar - Vira Lata
“Quando escutei a guia, falei: ‘essa música é com Pabllo’. E, por mais incrível que pareça, ela já estava colocando a voz na outra semana”, diz João Gomes.
[álbum] Natalia Lafourcade - Live at Carnegie Hall
Sou fã da Natalia Lafourcade, uma artista que todo mundo deveria conhecer. Lembro de ficar espantado quando a ouvi pela primeira vez. Enfim, uma performance em uma casa histórica como o Carnegie Hall é audição obrigatória.
💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
MU540: é funk.

crédito: Caique Tavares
O MU540 é certamente um dos DJs e produtores mais disputados da cena brasileira. Profundamente autêntico, se consolidou como um dos nomes pioneiros da cena de baile funk em São Paulo e acabou conquistando o Brasil todo - e o mundo. Nas últimas semanas ele lançou o EP “4X4", uma fusão entre o baile funk e o afrohouse music em 7 faixas bem energéticas.
MU540, o que mais me chamou a atenção no seu novo álbum, “4x4”, foi a estética funk, digamos assim, mesmo sem seus elementos rítmicos. Por que “esconder” o funk ao misturá-lo com outros gêneros?
Na real eu não escondi, eu mostrei mais ainda como dá pra gente fazer funk ou até Funkear outros estilos de música eletrônica porque o Funk independe dos seus timbres pra ser funk. O funk é uma programação rítmica que se for executada em qualquer estilo musical vai ser identificada
Você consegue lembrar como o funk apareceu na sua vida? E os outros gêneros? Quando entendeu que somariam no seu trabalho?
O funk apareceu na minha vida desde cedo na esquina do Fliperama da Cacilda Becker com a Lincoln - que era minha rua e onde eu ficava na esquina com meus amigos. Aprendi todos os hinos ali.
E antes de eu sair pra rua minha mãe que me ensinava as músicas boas. E depois mais tarde com a minha mãe trabalhando como faxineira e eu na pré adolescência, cheio de influência da minha prima Camila com house e outros estilos de música eletrônica que passava na rádio jovem pan, minha mãe ganhou uns cds da patroa dela e no meio deles vieram vários de música eletrônica como “Na balada jovem Pan 1” - que tinha “Headhunter” do Front 242 aí eu aprendi o que era sample porque eu identifiquei o sample do Bonde do Tigrão. Aí minha curiosidade ficou daquele jeito e eu fui atrás de tudo.
O MC Gw está em quase metade das faixas. Me conta um pouco da sua relação e dinâmica com o artista por favor. O que você mais admira nele?
O que eu mais admiro no GW é o ritmo de produção e flow único que possibilita ele fazer músicas muito originais e dançantes e a gente nunca gravou nada em estúdio. Eu baixo todas a capela dele da internet.
E você já se representou o funk pelo mundo: tocou no Primavera Sound, Boiler Room Festival em Barcelona, Keep Hush Live em Porto… Não que a gente precise da validação dos gringos, mas o que essas apresentações significam pra você?
Foi super da hora tocar lá fora e a gente precisa sim da validação dos gringos - não porque eles precisam validar a gente, mas por que o Brasil só nos valoriza se eles valorizarem primeiro. Isso me incomoda e todo mundo sabe disso, então a gente precisa provar pra todo mundo 🌎 sempre kkkkkk
Mas também encontrei vários amigos que eu só falava no insta e no soundcloud vem muitas músicas inéditas com pessoas que vocês jamais imaginariam colaborar comigo. Eu abri muito meu leque de possibilidades musicais e de apresentação em shows também e palestras… meio que eu voltei um comunicador multi artista.
🖇️ CLIPPING
Leituras que valem o clique.
Spotify divulga lista de músicas mais ouvidas em 2024; funk derruba hegemonia do sertanejo | G1
Beyoncé é escolhida 'a maior estrela pop do século 21' pela Billboard | O Globo
Criadores de música e audiovisual perderão R$ 116 bi para IA até 2028 | Meio & Mensagem
Luccas Carlos deixa de lado fama de 'romântico': 'Cantei o que não queria'… | TOCA
Spotify Wrapped misses the mark with this one joyless feature | VOX
📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

crédito: Bruna Sussekind
Mari Jasca é multi função: atriz, cantora, instrumentista, compositora e produtora. A artista vem chamando atenção por conta de uma a voz marcante e composições originais. Em “Disparada”, álbum lançado em outubro, ela fala de prazer, solidão, tesão, feminismo, autoconhecimento e, enfim, diversos temas, mas sempre de uma forma bem única.
O projeto conta com dez faixas autorais, uma versão em português do clássico cubano “No Me Llores Más” e uma releitura de “Sinceramente”, de Sérgio Sampaio. O resultado é um trabalho pop e original que carrega em si influências de forró, milonga, bolero, flamenco, jazz e funk carioca.
A artista comenta: “A maioria das músicas desse álbum contam histórias que vivi nas minhas andanças. São vários causos sobre estar solta no mundo, amando, errando, aprendendo e seguindo em frente. Nos divertimos muito produzindo esse neném e tô muito feliz de conseguir lançar meu primeiro trabalho solo, foi tanto trabalho, tanta gente foda somando, tantos anos construindo. Tenho muito pra agradecer e celebrar! É Disparada!”

Salve! Aqui é o Pietro Reis, sou jornalista, pesquisador musical, influenciador e criador do Segue o Som.
Minha ideia com essa newsletter é reunir tudo de mais interessante que vem acontecendo no mundo da música e fazer o que mais amo, entrevistar. Sendo assim, toda segunda-feira você recebe um email com os melhores lançamentos da semana, um papo exclusivo, as principais notícias do meio musical e indicações.
Siga minhas redes sociais abaixo!