SEGUE O SOM #22

Entrevista com Anchietx | Pente Fino | Franco, The Sir! e mais...

SOS #22 | Estamos de volta!

2024 foi um ano de muitas realizações, feitos que inimagináveis e muuuita música boa. Espero que em 2025 traga ótimas coisas também, novas entrevistas, conquistas e muito mais. Obrigado a você que acredita no meu trabalho e tá sempre fortalecendo. Simbora!

🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.

[álbum] Bad Bunny - DeBÍ TiRAR MáS FOToS
O álbum mais comentado do ano até agora é esse. Confesso que eu ainda não havia me rendido ao Bad Bunny, mas agora me amarrei. O disco é bem feito, político, inteligente e com ótimas músicas.

[single] Mac Miller - 5 Dollar Pony Rides
Acho que os lançamentos póstumos do Mac Miller foram os únicos que gostei. Este é o primeiro single do novo álbum que vão soltar dele. Que falta faz o Mac!

[single] Gilberto Gil ft. João Gomes - Palco
Nas últimas semanas, Gilberto Gil e João Gomes se reuniram para cantar o clássico do mestre para gravação de projeto audiovisual que celebra 25 anos do Grammy Latino. O resultado ficou bem bonito.

[single] Marcelo Tofani ft. Djonga - raro mas sempre acontece
Artista do selo criado pelo Djonga, A Quadrilha, Marcelo Tofani convidou o rapper mineiro para se experimentar em uma canção bem mais pop do que ele está acostumado. Senti que o Djonga foi bem e não ficou desconfortável.

💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Anchietx: morando em São Gonçalo você sabe como é…

crédito: Bruna Sussekind

Integrante do grupo revelação de 2024, Os Garotin, o Anchietx é talento puro. Além do sucesso com o grupo - sobretudo depois do Grammy com o álbum “Os Garotin de São Gonçalo” - assim como os demais membros, ele tem a sua carreira solo e lançou recentemente o EP “Lucas”, em que conhecemos um pouco mais do artista e suas referências. Nosso papo partiu majoritariamente desses temas, confira.

Seu EP, “Lucas”, mostra como o R&B é uma referência muito forte pra você. Quem são os artistas que mais te influenciaram nesse gênero e o que destaca de cada um?

Eu sou fascinado pela voz feminina e pela forma como elas expressam as suas verdades. Então, eu sinto que elas têm uma facilidade de surfar nas emoções, tanto mais agressivas, quanto mais tranquilas, quanto sensuais. Então, eu sou um cara que escuto muito mulher como Jill Scott, HER, SZA, Summer Walker e Mahalia. Eu aprendo muito com elas a lidar com as emoções que a música pede ali.

As quatro faixas exalam bastante sensualidade e mostram seu lado mais romântico. E nesse quesito, em quem procura se inspirar para falar de amor?

Na real, eu procuro me inspirar naquilo que eu estou vivendo, né? Então, “Lucas” foram canções que nasceram nesse momento que eu estava vivendo algumas incertezas. Foram canções que nasceram nesse momento que eu estava vivendo algumas incertezas, algumas dúvidas no amor. Então, esse EP fala como o Lucas estava lidando com isso.

Mesmo sendo um EP solo, você ainda colabora com seus parceiros de grupo o que mostra como estão na mesma sintonia, mas como fazem pra decidir o destino de cada canção?

Cara, a gente sempre gostou de escrever junto, tanto para as carreiras individuais, tanto para o nosso trio, só que a gente enxerga esse movimento, esse trio, como um encontro de três carreiras distintas. Então não tem como parar. É como se a gente desmontasse um pouco daquele elemento ali, que são três artistas com gêneros diferentes e a gente desmonta um, traz aquele elemento ali e trabalha em cima daquilo, que é o meu caso, que é o caso também do EP do Léo, que também é o caso do EP do Cupertinho. A gente tem uma sensibilidade ali para entender o que é uma canção para um solo lá e que é uma canção para os três canterem.

Impossível não falar do seu ano com Os Garotin com direito a Grammy e tudo mais. Olhando pra trás, dá pra dizer que esse foi o ano mais importante da sua carreira? O mais te marcou?

O que mais me marcou esse ano foi com certeza o Grammy Latino por conta da dificuldade que eu achei que seria de chegar ali um dia e não só chegar ali, de vencer, porque a gente viu que a gente estava concorrendo com nomes grandes e - não vou negar que isso diminui um pouco a esperança - mas foi a coisa mais marcante pra mim porque foi um grito de muito... foi um brado de vitória, de muito orgulho, com muita gratidão à vida e as pessoas que me ajudaram a chegar aqui ali

Por fim, o que você e vocês planejam pra 2025?
Nosso EP solo de novo, no começo do ano, Os Garotin Session 2 Ao Vivo. Agora a gente está aí discutindo, pensando se pode acontecer ou não, de trazer algumas participações e talvez o segundo álbum dos Os Garotin no final do ano, então 2025 é o ano d’Os Garotin de novo. A gente espera isso

📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

Nas últimas semanas o Franco, The Sir! viralizou em todo Brasil graças ao corte dele cantando “Fujifilm”, música que faz parte do seu primeiro álbum, “É Assim Que Funciona”. O cantor paraense de 18 anos chamou a atenção dos principais trappers do país como Orochi, BIN, Brandão, Alee e Ryu, The Runner por conta do seu flow diferenciado e lírica afiada.

De fato Franco, The Sir! tem algo diferente e isso fica evidenciado no álbum de estreia. Em “É Assim Que Funciona”, o artista passeia por temas mais introspectivos e menos batidos como mulheres e drogas - além de realmente ter um jeito único de cantar - como fica evidente em “Irrelevante - Interlúdio”. Os beats são bons também e o resultado é uma ótima primeira amostra de um talento que tem tudo para fazer bastante barulho.

Salve! Aqui é o Pietro Reis, sou jornalista, pesquisador musical, influenciador e criador do Segue o Som.

Minha ideia com essa newsletter é reunir tudo de mais interessante que vem acontecendo no mundo da música e fazer o que mais amo, entrevistar. Sendo assim, toda segunda-feira você recebe um email com os melhores lançamentos da semana, um papo exclusivo, as principais notícias do meio musical e indicações.

Siga minhas redes sociais abaixo!