SOS #37 | 50k + 60k :)

^{Em menos de um mês consegui alcançar a marca de 50k no Instagram, fiquei feliz demais com isso! Também com o fato de estar atraindo novos públicos no TikTok. Já seguiu?}

🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.

[álbum] Kali Uchis - Sincerely,
_{Dá pra ver que nitidamente a maternidade influenciou neste trabalho. Gostei, mas confesso que sinto falta de ouvir mais da Kali de “Sin Miedo”. Sei lá, vai ver eu sou o fã chato.}

[single] Parcels - Yougotmefeeling
_{A banda australiana se prepara para o lançamento do álbum “LOVED” e “Yougotmefeeling” mostra que talvez eles estejam mais animadinhos. Curti a pegada até porque sinto que eles precisavam mudar um pouquinho.}

[álbum] Vanessa da Mata - Todas Elas
_{Mais um álbum autoral da cantora e compositora. Adorei os feats, são eles: João Gomes, Jota.Pê e o incrível Robert Glasper.}

[álbum] Samuel de Saboia - As Coisas Estão Cada Dia Mais Claras
_{“Meu álbum é desejo físico, é rasgado e feito pra expor quem eu sou – ou ao menos era – durante esses anos”, diz Samuel.}

[álbum] PinkPantheress - Fancy That
_{Um curioso encontro do brit pop com garage.}

[álbum] Galdive - Blue
_{Conheci no TikTok por conta da faixa “Teach Me How To Love” e amei.}

[álbum] Julia Mestre - MARAVILHOSAMENTE BEM
_{“Esse disco é meu feitiço de proteção e liberdade”.}

[álbum] Xaga - Onde sonhos Nunca Dormem
_{Conheço o trabalho do Xaga faz tempo. Um excelente MC que entrega mais um ótimo disco.}

💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
MD Chefe: oh, yeah!

Inspirado nas batidas da west coast, MD Chefe convocou Papatinho para “trazer uma nova perspectiva para o rap que tem andado tão saturado ultimamente”. O resultado foi “Garbo e Elegância”, quarto álbum de estúdio do MC carioca que evidencia uma evolução na escrita e voz. Adorei suas respostas, confira!

MD, seu novo álbum, “Garbo e Elegância” é meu trabalho favorito seu. Apesar de gostar muito dos seus primeiros singles, sinto que aqui você conseguiu consolidar sua identidade. Qual a importância desse projeto?

No “Garbo e Elegância”, eu trouxe um rap bem polido, um rap lapidado, cês tão ouvindo um rap com mais experiência, com ideias que eu queria pôr em prática e pus. Eu consegui executar técnicas que eu queria mostrar pra vocês, então é um rap mais lapidado, com bastante punch nas minhas ideias, certo? Mas eu quero sim trazer uma energia iguais eram meus primeiros singles, que depois desse disco é uma ótima oportunidade e um ótimo momento pra fazer isso.

Me conta como se deu a parceria com o Papato. Em que momento entenderam que fariam um álbum colaborativo e com essa estética west coast?

Eu já tinha vontade de rimar em cima do west coast club, é um subgênero do rap onde eu acho que a minha voz fica muito confortável, onde me dá bastante espaço pra mostrar que eu rimo bastante devido a cadência e seu estilo de batida. Então eu levei essa ideia pronta pro Papato “ó, to a fim de rimar no west coast club, fazer um projeto com você, que que cê acha disso?”. E ele já tá bastante saturado de projetos iguais que estavam acontecendo no mercado, então ele ficou animado e topou logo de cara quando eu apresentei a ideia e veio trazendo tudo que ele podia agregar ali pro universo da ”Garbo e Elegância”.

Ele é autor de dezenas de hits e já trabalhou com alguns dos maiores artistas do mundo. O que mais aprendeu convivendo com ele no estúdio?

Cantando com o Papato e com a equipe dele, eu pude observar que todos ali cooperam pra deixar o Papato na melhor posição de negociação. Eles trabalham a música dele de forma muito inteligente como um negócio bem próspero, e eu quero que minha equipe também pense assim, eu quero ser um cara pra minha equipe também assim, que dê o necessário pra que eles possam trabalham dessa forma. Então eu aprendi muito a nível de negócio com o Papatinho, com a PapaTunes, aprendi coisas que eu quero aplicar na minha carreira e nos meus negócios.

Algo que reparei neste trabalho foi que a sua dicção está melhor, a emissão das palavras está mais clara. Esse foi um esforço consciente?

Eu sou nerd de rap, sabe? Eu to sempre estudando, to sempre tentando fazer um rap melhor pros meus fãs, pro meu público. E eu não só escuto elogios, eu ouço também as críticas e presto atenção no que as pessoas tão dizendo. Eu reparei que no início por eu ter uma voz bem grave, bem pesada, às vezes ela entrava em conflito com o grave do beat e as pessoas não conseguiam ter um entendimento completo do que tava sendo dito ali. Então eu me esforcei pra poder trabalhar isso pra que o público tenha uma melhor degustação da minha música, da experiência que eu quero trazer pra eles.

Pra mim, “Tiramisù” é a faixa mais interessante de todas. O beat do Papato é incrível e a sinergia entre vocês fica evidente. Me conta sobre o processo de inspiração dessa faixa e a ideia de reverenciar o Bebeto por favor.

Como eu disse na resposta anterior, eu sou nerd de rap, e não só de rap, mas do meio da música em geral. Bebeto sempre tocou muito dentro de casa, o amor dos meus pais foi ao som de Bebeto, eu tive uma infância musical muito forte, então também tenho alguns conhecimentos de outros gêneros musicais, sabe? E cada vez mais eu quero trazer pro rap falar mais sobre nosso estilo de vida, sobre nossa cultura, e o rap tem muito a cultura do sample... e já tem muito costume de usar samples lá de fora, eu queria usar daqui, a nossa música brasileira. E nada mais justo que Bebeto, que sempre esteve muito presente na minha casa, uma música tão poética. Essa é a visão.

🖇️ CLIPPING
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📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

Acompanho o trabalho do Xaga antes mesmo do seu primeiro álbum, “Asas de Ouro”, de 2019 (amo a faixa “Romances e Pisantes”). Enfim, agora o artista lança "Onde os Sonhos Nunca Dormem", gravado no seu quarto e que segundo ele é “um chamado à esperança, um grito de coragem para aqueles que batalham diariamente por uma vida melhor”. Ele fala diretamente às classes que precisam de um sorriso diário, que enfrentam dificuldades, mas que seguem acreditando na possibilidade de mudança.