SOS #40 | 5 mil na playlist!

^{Adoro números redondos. E você, já seguiu?}

🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.

[álbum] FBC - Assaltos e Batidas
_{Padrim de volta ao boombap e com a caneta afiada. Atento aos problemas da sociedade.}

[single] Ferrugem - Apagar
_{Canta y canta!!! A música fica na cabeça e tem tudo pra ser hit. Ah, e o clipe é bem legal.}

[single] Ludmilla - Paraíso
_{Lud não brinca no R&B. Espero que ela solte pelo menos um EP nessa pegada.}

[single] JOCA - NÃO ME RECONHEÇO
_{Finalmente no mundo! Venho escutando essa faz um tempo e é uma das minhas favoritas do CORTAVENTO, o novo álbum do JOCA.}

[álbum] Tha Carter VI - Lil Wayne
_{Confesso que não ouvi tudo, mas eu gosto bastante do Lil Wayne. “Welcome To Tha Carter” é ótima.}

[álbum] Little Simz - Lotus
_{A Little Simz é tranquilamente uma das melhores MCs da atualidade. Projeto bonito, conceito e qualidade acima da média.}

[single] MC Poze - Não Vão Me Parar
_{Poze deu uma resposta à altura dos acontecimentos recentes.}

[álbum] Addison Rae - Addison
_{Cheia de hit no Tik, ela chega com o primeiro álbum. Eu não tava tão ligado nesse hype, mas acho que vale conferir.}

💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Jadsa: à flor da pele

Em meio a tantos lançamentos incríveis e cheios de investimentos, “big buraco” da Jadsa me chamou a atenção. Além de cantora, compositora e multi-instrumentista, ela ainda assina a produção do novo álbum com o Antonio Neves. “big buraco” dialoga com o cancioneiro tradicional brasileiro, mas ao mesmo tempo é super atual. Gravado em sete dias, carrega um certo frescor e mistura intenção e espontaneidade.

Jadsa, primeiro queria te parabenizar por esse disco! Tô ouvindo direto e gostando muito :) Qual foi o ponto de partida dele, primeira ideia que te disse o rumo que “big buraco” tomaria?

Ai! Que demais, Pietro! Fico feliz que o big buraco chegou bem pra você!

Bem… O ponto de partida do big foi fazer algo que eu não tinha feito ainda. Algo mais intuitivo e prático. O desejo pelos sopros, teclas à frente no som, os riscos de vinil. Acredito que esse desejo do “novo” fez com que o big buraco começasse a ser construído.

E o álbum foi gravado em sete dias apenas, né? Imagino que muita coisa tenha nascido no processo. Como é conciliar essa mistura do premeditado e do improviso?

Isso! Foram sete dias no estúdio. Cinco dias gravando guias e instrumentos, e dois dias gravando as vozes. Para além desses 7 dias no estúdio, alguns instrumentos que somaram ao som foram gravados remotamente. Chibatinha, Fernando Catatau e Miya B, por exemplo, gravaram em suas casas. Depois disso tudo teve um longo processo de pós produção com João Meirelles (a parte que eu mais gosto haha).

Essa experiência foi muito boa pra delinear a estética do disco, e por incrível que pareça, foi muito tranquilo de trabalhar no som. O direcionamento musical intencionou muito bem os músicos, para além da linguagem pessoal de cada um. Então até no improviso tinha um “porque” e como fazer. Foi tranquilo! A galera arrasa muito.

E esse lance de ter um som “com cara de rádio”. O que significa?

Esse “som com cara de rádio” de que falo, é aquela música gostosa de ouvir em qualquer circunstância. Lavando um prato, cozinhando, no trânsito… Não que exista uma forma, mas eu queria que o big buraco fosse leve e atingisse a todos com sua poesia. O proposito do disco é de que ele caiba em qualquer situação corriqueira.

Fala um pouquinho de “tremedêra”? É minha favorita!

Tremedêra é uma das minhas favoritas também!

Essa música eu fiz me apresentando. Apresentando esse corpo de cabaça, lábios de caju, joelho de araçá. É uma música que cita muitos frutos existentes aqui no brasil, mas relacionando cada um com uma parte do meu corpo. Adoro essa faixa! Fico feliz de ter Iuna Falcão e Samuel de Saboia cantando junto comigo.

Sempre gosto de salientar quando o artista também produz e você também assume essa função em “big buraco”. Pode contar um pouquinho de como foi dividir esse trabalho com Antonio Neves?

Eu e Antônio somos duas pessoas que não temos uma relação muito profunda com softwares. Acho que isso ajudou a descobrirmos um processo de produção juntos.

Testar amplificadores, caixas de bateria, pratos, percussão, violões e guitarras diferentes foi a base da nossa parceria. Estar com Antônio nesse trabalho foi uma das maiores experiencias da minha vida. Quero fazer mais coisas junto com ele em breve.

🖇️ CLIPPING
Leituras que valem o clique.

1. Everything Millennial Is Cool Again | New York Times

2. Little Simz on breakthroughs, betrayal and becoming one of the UK’s best-ever rappers: ‘I don’t want to shy away from how I feel’ | The Guardian

3. No kick do coração, a imensidão de Jadsa | MonkeyBuzz

4. Álbum de Baden Powell e Vinicius de Moraes, ‘Os afro-sambas’ tem criação e influência documentadas em filme | G1

5. Do marginal ao mainstream. Seja na música, na arte, na moda ou até nos negócios, os movimentos mais disruptivos quase sempre vêm da periferia | Meio & Mensagem

📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

O Pará é muito pop! Em “Latino Brega Love”, o AQNO celebra a música amazonense e suas diversas influências latinas em um disco bastante dançante. Brega, zouk, cumbia e lambada se misturam, mas ao mesmo propões um diálogo entre o regional e o pop global. “Assim como as ondas do rádio viajaram das ilhas trazendo pra gente tantos ritmos que foram traduzidos aqui na Amazônia, esse projeto é uma proposta de experimentação artística através do tempo e dos ritmos. Sua narrativa se concentra na musicalidade. Ele não pretende amarrar uma história com início, meio e fim, é um compilado de contos distintos através dessa imersão na música Latina Brega Pop da Amazônia – é sobre música popular brasileira feita aqui e sendo veículo para um dos temas mais populares do mundo: o amor e seus desdobramentos”, explica AQNO.