SEGUE O SOM #43

Entrevista com Tagua Tagua | Pente Fino | Carol Juno e mais...

SOS #43 | quase 6k na playlist

Coisa linda demais, tô muito feliz com o meu crescimento nas diversas plataformas.

🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.

[álbum] Lorde - Virgin
"Em 'Virgin' tentei criar um retrato preciso de mim mesa, independentemente de achar que era bonito ou não."

[álbum] Veigh - Eu Venci o Mundo
Ainda não ouvi tudo. Vi gente gostando, outros não. Confesso que vou precisar de um tempo pra entender.

[single] Juniper - Dance With Me
Mostrando a novo rumo da sua carreira, o single é super sensual e a voz da cantora brilha. Adorei o beat.

[single] Norah Jones ft. John Legend - Summertime Blue
É engraçado como vai chegando o verão e os lançamentos lá de fora passam a ser só sobre isso kkkk mas de toda forma esse encontro aqui é bem bonito.

💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Tagua Tagua: “Eu sempre vou preferir ficar com a liberdade criativa”

crédito: Guillermo Calvin

Não lembro exatamente em que momento desse ano fui impactado pelo som do Tagua Tagua, mas lembro que ao ouvir o “Inteiro Metade” eu pirei! Pra minha sorte, meses depois ele lança “RAIO", um álbum que venho escutando praticamente toda semana. Hoje eu converso com a banda de um homem só, o talentoso Felipe Puperi, confira!

Felipe, “RAIO” é sem dúvidas um dos meus discos favoritos do ano. Super solar, groovado e bom pra todos os momentos. Conceitualmente, o que você queria com ele? Já sabia desde o início?

Inicialmente, não sabia exatamente o que tava buscando, a coisa normalmente começa muito livre e espontânea. Depois que umas duas ou três músicas pintaram comecei a gostar dessa coisa mais animada, groovada e dançante. De um certo modo, sempre quis ter essa vibe no show, essa energia que saísse um pouco do rock ou da psicodelia, é uma outra forma de ser eletrizante.

Li que entre suas influências pro disco estavam Tim Maia e Cassiano e fiquei surpreso. Pode contar o que no som deles foi importante pra sua pesquisa?

Tim Maia e Cassiano são referências da vida, não exatamente do RAIO. Sempre curti muito ambos e acho que isso reflete na minha música. Eu gosto do balanço e suingue que encontro nas melodias, é um soul brasileiro, então é como se fosse um soul clássico só que com a nossa malandragem e o nosso groove. Isso deixa tudo único, me atrai bastante.

A brincadeira de trocar entre inglês e português funciona muito e não parece forçado. Como você faz pra encaixar as línguas na composição de forma fluida? Tipo, saber em qual momento usar esse recurso.

Eu acredito que justamente porque saiu de uma forma espontânea é que funciona e não fica forçado. Não tentei fazer isso, saca? Quando vi tava cantando um pouco em cada língua e me soou bem.

Quais são as dores e as delícias de ser uma banda de um homem só?

Isso é um dilema. Já tive banda por anos e vivi o outro lado. Ser banda é muito menos responsa, porque tá todo mundo por aquilo ali, se ajudando de certa forma, querendo fazer tudo crescer e acontecer, são vários sócios do mesmo negócio. Quando é solo, é tudo com você - mesmo que tenha uma galera trabalhando junto. É uma responsabilidade grande de corresponder e fazer todo mundo se sentir feliz também nesse ambiente. Fora o corre todo né, de ter que fazer absolutamente tudo pra coisa funcionar.

Agora, a contrapartida é ter 100% de liberdade pra escolher o rumo, o processo, a ideia criativa. Na banda isso não existe, é sempre 20 / 25% da opinião de cada um e maioria vence. Muitas vezes a pessoa acaba se frustrando criativamente ou se limitando. Claro que vai de banda pra banda, cada um lida de um jeito com todas essas questões. Eu sempre vou preferir ficar com a liberdade criativa.

📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

crédito: Victor Hugo Saldanha

Nessas minhas procuras por sons novos me deparei com “Favorito”, EP da Carol Juno, e logo na primeira música, "Não Vai Se Apaixonar", fui fisgado. A voz dela me ganhou fácil, assim como o pop com um quê de R&B muito bem executado. A produção é ótima. Os temas do trabalho de estreia são basicamente sobre amor e ela comenta que “este EP simboliza a virada de chave em que decidi assumir o controle da minha narrativa. Ele é uma boa porta de entrada para o meu universo, dizendo de forma humorada e assertiva: quem conta essa história aqui sou eu.”

Salve! Aqui é o Pietro Reis, sou jornalista, pesquisador musical, influenciador e criador do Segue o Som.

Minha ideia com essa newsletter é reunir tudo de mais interessante que vem acontecendo no mundo da música e fazer o que mais amo, entrevistar. Sendo assim, toda segunda-feira você recebe um email com os melhores lançamentos da semana, um papo exclusivo, as principais notícias do meio musical e indicações.

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