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SEGUE O SOM #44
Entrevista com Alberto Continentino | Pente Fino | Mateus Fazeno Rock e mais...

SOS #44 | e se
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🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.
[single] Rico Dalasam - Dilema
Que single excelente! Beat incrível e a composição sempre fora da curva.
[álbum] Jotapê ft. Papatinho - Até a Última Rima
Aqui eu ouvi somente a “Leandro Roque”. Bem emocionante, recomendo.
[álbum] ogoin e Linguini - Coletânea Good Times
“Coletânea Good Times nasce pra que a gente consolide a vibe romântica do início da dupla em um momento especial”
[single] Mateus Fazeno Rock - Melô do Sossego
Amei essa música. Mateus é muito criativo, original e um respiro necessário.
[single] Brent Faiyaz - tony soprano
Ele tem o molho.
💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Alberto Continentino: “Gosto de explorar a sonoridade das palavras”

crédito: Flávio Marques
Alberto Continentino é um dos músicos mais requisitados do país e não é a toa. Além de um excelente baixista, com “Cabeça a Mil e o Corpo Lento” ele mostra suas qualidades enquanto compositor, cantor e produtor. O disco conta com participações femininas e é uma audição super prazerosa. Saiba mais com o nosso papo.
O baixo tem um protagonismo no disco por motivos óbvios. Você é um dos grandes baixistas do país. O que te fez apaixonar pelo instrumento? E como você pensou nele pra esse álbum?
Meu primeiro instrumento foi o Violão comecei com 9 anos. Na minha casa se ouvia muito Jazz. Mas meus primeiros professores me trouxeram pro choro e pra bossa nova. Com 13 anos uma serie de fatores me trouxe pro baixo. Encontrei o meu lugar no grupo, a minha função e a minha melhor maneira de me expressar. Toco piano e guitarra tambem. Mas o baixo vai ser sempre o meu instrumento mais intimo.
Em “Cabeça a Mil “Eu cuidei da musica como um todo, Fiz as composições os arranjos e a produção. Distribui minha atenção pra tudo isso. O Baixo ficou como um ponto de conforto, de expressão espontânea. Tive um cuidado especial na sonoridade do baixo que não costumo ter em outras gravações, captando o Baixo de diferentes formas.
As mulheres também são protagonistas. São cantoras de diferentes idades e trajetórias. O que você viu na voz delas que te fez trazê-las para o álbum?
Eu tenho uma relação forte de amizade, parceria e conexão musical com todas as cantoras que participaram. Tenho uma historia bonita com cada uma delas. Algumas participaram nas composições também. Eu queira ter a riqueza sonora de timbres e texturas da voz de cada uma delas trazendo novidade pra cada musica que vai sendo tocada em sequencia, como novas cores que vão surgindo harmonizando com a minha voz.
Manjar de luz” é uma faixa importante porque dali sai o nome do álbum. Conta um pouco do nascimento dessa música e como foi trabalhar com a Ana Frango Elétrico.
Conheci a Ana muito jovem, através do nosso amigo em comum, Guilherme Lirio. Vi nela uma paixão pela musica e uma força artística criativa e revolucionaria. Um pensamento moderno, desejo de fugir do óbvio. Coisas que eu admiro muito. Mandei uma melodia pra ela nessa época e ela escreveu a letra de “Boys of Stranger Things” Que foi gravada no Álbum dela “Me chama de Gato que eu sou sua”. Viramos parceiros, pedi então uma letra dela pro meu álbum “Cabeça a mil…” Ela mandou Manjar de luz, dessa letra eu tirei o verso que deu titulo ao álbum. Ela canta comigo esse verso. E além de tudo ela cuidou da identidade visual do disco, junto com sua parceira Maria Cau Levy.
E a sua voz, como foi o processo de preparação e intenção?
Eu gravei a maioria das vozes sozinho no meu quarto. Pude experimentar bastante, explorar dobras, coros e harmonias, usando a sobreposições de canais. Não queria que soasse como um disco de canções formais, as letras são abstratas, subjetivas. Penso nas vozes como instrumentos que timbram com todo o resto. Gosto de explorar a sonoridade das palavras, das frases. Tudo isso pra mim é som, musica e trazem muitas imagens. Uma coisa mais sensorial do que mensagens diretas e objetivas.
A produção do álbum é sua. Qual a importância de dominar esse processo todo pra você? E qual foi seu maior desafio?
Quis encarar esse desafio de produzir o meu próprio álbum, mas também tive muita ajuda dos meus companheiros, foi um processo muito coletivo. Todos os músicos e engenheiros que participaram das gravações são grandes produtores e colaboraram muito também. Os mixadores Kassin e Mario Caldato, fizeram uma mixagem que imprime um pouco da visão de produção deles. E isso contribui muito no resultado. Comecei essa produção em 2020, demorei 5 anos e aprendi muito nesse processo. Erros e acertos. Mas consigo hoje, com o disco lançado, ver um serie de boas decisões. No final produção é isso.
🖇️ CLIPPING
Leituras que valem o clique.
📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

crédito: Jorge Silvestre
Mateus Fazeno Rock é cria de Sapiranga, Fortaleza, e ganhou o país em 2023 com “Jesus Ñ Voltará”, seu celebradíssimo álbum. Esse ano ele lançou “ARTE MATA", uma música/poesia bem interessante, mas me confesso que “Melô do Sossego”, seu novo single, me ganhou. A letra é um mantra que se repete ao longo da faixa, falando do privilégio, do luxo e do sonho que é o descanso. “Muitos de nós não conseguem ter um pouco de calmaria dependendo do lugar onde nascemos, da vida que vivemos ou por limitações estruturais e financeiras” – comentou Mateus. “Nosso sonho é sempre ter sossego e dar sossego para a nossa família, e essa letra é sobre isso”.

Salve! Aqui é o Pietro Reis, sou jornalista, pesquisador musical, influenciador e criador do Segue o Som.
Minha ideia com essa newsletter é reunir tudo de mais interessante que vem acontecendo no mundo da música e fazer o que mais amo, entrevistar. Sendo assim, toda segunda-feira você recebe um email com os melhores lançamentos da semana, um papo exclusivo, as principais notícias do meio musical e indicações.
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