SEGUE O SOM #45

Entrevista com Deekapz | Pente Fino | Jotapê e mais...

SOS #45 | bons lançamentos

eu gosto assim :) Ah, e 6k na playlist!!!

🪮 PENTE FINO
Seleção dos principais lançamentos da semana.

[single] Tasha & Tracie - Amina
Hip Hop até os ossos. Amei o single e as referências. Procure saber!

[álbum] Vários Artistas - Canto Djavan
Linda ao homenagem ao maior hitmaker do Brasil. Clássicos reinventados de maneira primorosa.

[single] Duda Beat ft. TZ da Coronel - Nossa Chance
Vem aí a nova fase da Duda! Adorei a produção, a linha de baixo e o verso do TZ.

[single] Ana Frango Elétrico - A Sua Diversão
Ana fecha o ciclo do “Me Chama de Gato Que Sou Sua” com esse single solto. Lembra bastante as do disco.

[álbum] GIVEON - BELOVED
Voz espetacular em um disco de R&B, mas que parece que saiu nos anos 70. Vale muito!

[álbum] Odeal - The Summer That Saved Me
Descobri agora e me amarrei! Encontro de R&B com sonoridades afro-latinas.

[álbum] Clipse - Let God Sort Em Out
Não à toa é o álbum de rap do momento. Barras e barras!

[álbum] Justin Bieber - SWAG
Não me aventurei pra ouvir os 54 minutos de lo-fi do Bieber, mas parece quem tem bons momentos.

[single] Olivia Dean - Lady Lady
A cada lançamento gosto mais dessa garota. Ela diz que “essa música me lembra da força que temos como mulheres – acho que ela soa como paz”.

[álbum] June Freedom - Casa Mira Mar
Cantado em português, inglês, espanhol e crioulo, o álbum do principal artista de Cabo Verde vale muito a audição.

💬 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Deekapz: sintonizados!

crédito: Bruna

São mais de dez anos agitando as pistas pelo Brasil e finalmente teremos um álbum de estreia do Deekapz. Paulo Vitor e Matheus Henrique viraram referência quando o assunto é funk/música eletrônica e apresentam agora dois singles MUITO bons - um com Fat Family e outro com a Tuyo. Ambos estarão no disco novo e é sobre eles que conversamos.

Vocês já têm um nome consolidado na música brasileira. Por que sentiram que agora era o momento de lançar um álbum?

Paulo: É uma honra tremenda saber que somos vistos como artistas consolidados na música brasileira. São 10 anos de carreira, seja produzindo ou tocando, então acredito que esse é o momento perfeito para lançarmos nosso primeiro disco. Já faz um tempo que estamos trabalhando nesse projeto e estamos muito ansiosos com a recepção e a repercussão dele.

Matheus: A gente vem desenvolvendo esse disco faz um tempo, três anos já, e sempre foi uma grande vontade nossa em criar um album de colaborações e juntar pessoas e artistas que nos inspirarão quando éramos mais novos e os amigos que fizemos no caminho que também nos inspiram.

E por onde passou a pesquisa de vocês para esse trabalho?

Paulo: Acredito que a nossa pesquisa foi embasada nesses 10 anos de carreira, onde tivemos a oportunidade de explorar vários gêneros musicais.

Matheus: A nossa pesquisa partiu da rádio porque foi algo que me marcou quando mais novo, e o rádio ta presente na vida de muita gente. Uma ideia que sempre esteve na nossa mente foi trabalhar estilos diferentes na produção musical e mostrar essa versatilidade, então seria como se cada música fosse parte de uma estação ou uma programação diferente, mas sendo uma coisa só.

Vi que a rádio é uma grande influência pra esse projeto. Me contem mais sobre isso, por favor.

Paulo: Como o conceito gira em torno de uma rádio, buscamos trabalhar com sonoridades que, de certa forma, tocam nas rádios. A ideia foi ser o mais plural possível, dando ênfase desde uma onda mais contemplativa até mesmo um som mais de pista. Essa dualidade faz uma alusão a nós, como dupla.

Matheus: Acho que foi importante abordar o tema rádio pois foi algo que fez parte do nosso amadurecimento e formação musical. Aprender músicas novas, ficar por dentro do que tava em alta, ficar ligado nas notícias e nas piadinhas que rolava no meio da programação, a interação do locutor, era tudo muito legal quando era mais novo e escutava rádio.

Eu amei os dois singles lançados! Vamos falar de como surgiram? Como nasceu “Dance” e por que Fat Family? Achei uma sacada genial.

Paulo: Nós tínhamos em mente lançar um single e, durante o processo, achamos legal a ideia de ser um single duplo. A faixa “Dance” nasceu de uma demo em que nós sampleamos elas. Fizemos dois encontros em estúdio, onde o Fat Family foi super solícito, sob a direção da Lio, da banda Tuyo, e assim nasceu a faixa. O Fat Family carrega esse valor de ressignificação da música brasileira — crescemos ouvindo eles, então é muito significativo e especial ter uma faixa com eles no nosso álbum.

Matheus: Fazer uma música com o Fat Family é um sonho de criança realizado, e por ser um grupo que já escutei tanto no rádio, não tinha como não fazer o convite. Algo que sempre imaginei e que no final fez muito sentido foi trazer a potencia vocal delas para o house, foi como provar uma teoria pra mim mesmo de que eu tava certo e que era o caminho. Estar presente com elas no estudio foi como se a gente realmente fosse uma família sabe.

“Repare” já tem mais a cara da Tuyo mesmo. A faixa é mais contemplativa, mas também aponta pra pista de dança. É esse o caminho do disco?

Paulo: Com a banda Tuyo, a ideia foi trabalhar com o amapiano, um gênero musical proveniente da África do Sul, que traz um sentimento denso e, ao mesmo tempo, dançante. A gente ama a forma como a banda Tuyo compõe e performa, trazendo uma energia experimental pra nossa faixa.

Matheus: Trabalhar com eles também sempre foi uma grande meta, que agora foi cumprida, porque eles são incríveis tanto musicalmente quanto no pessaol também. Gostamos muito de experimentações e achamos que seria perfeito testar criar um Amapiano com eles, e simplesmente aconteceu.

📡 NO RADAR
Porque o novo sempre vem.

crédito: Nickolas Rato

Das batalhas de rima nasceu mais um grande artista, o Jotapê. E ele ganhou também ao ser apadrinhado pelo Papatinho, que produz o álbum recém lançado, “Até a Última Rima”, que conta conta feats de peso como Lulu Santos, Major RD, L7NNON e Emicida. Aliás, “Leandro Roque” (nome do Emicida) é a faixa mais inspiradora e conta com um verso absurdo da lenda.

“É uma honra ter a produção assinada por essa grande referência que é o Papatinho. A primeira música que criamos juntos já trouxe um conselho que mudou completamente minha forma de escrever: ele me sugeriu brincar com nomes próprios em inglês, sem fugir do português A partir disso, consegui costurar referências como Richard Pryor, Bam Adebayo, Mantley, Riley, Bentley… Tudo fez sentido. Esse toque dele influenciou toda a construção do álbum. Foi uma parceria criativa, instintiva e marcante”, conta o rapper.

Salve! Aqui é o Pietro Reis, sou jornalista, pesquisador musical, influenciador e criador do Segue o Som.

Minha ideia com essa newsletter é reunir tudo de mais interessante que vem acontecendo no mundo da música e fazer o que mais amo, entrevistar. Sendo assim, toda segunda-feira você recebe um email com os melhores lançamentos da semana, um papo exclusivo, as principais notícias do meio musical e indicações.

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